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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

quando lembrei...

Cheguei em casa de madrugada, o tormento de ontem me fez sair sozinha pra refrescar a cabeça, parece que se alguém morresse não faria importância alguma e eu ainda ficaria feliz por ele ter ido e triste por eu ficar. Então eu entrei, estava completamente molhada, a chuva essa noite foi forte com trovões e raios a todo tempo, mas pra mim parecia uma brisa leve que convidava as árvores para dançar. Peguei uma vodca e sentei no sofá, liguei o som para escutar metal, eu não estava bem, comecei a pensar em tudo que aconteceu e se valia a pena ver o que ainda vai acontecer e decidi, então, não pegar apenas uma dose de vodca, eu subi e peguei um maço de cigarro. Pensei e pensei e me embriaguei, acabei por nada, além de chorar. Eu não sei por que aquilo tudo, mas tinha algo que eu não me lembrava por causa do álcool o maldito e velho amigo álcool...
Andei pela casa pelo jardim e pelas poucas lembranças que tenho sei que eu encostava-se ao muro e chorava pedindo paz e sossego, com um litro de vodca na mão e um cigarro na outra custando para ficar aceso e nisso vinha uma saudade profunda, um aperto no peito.
Acordei com um tempo nublado com um leve chuvisco, apertei aquele maldito botão do telefone e fui pro banho ouvindo as várias chamadas perdidas e uma mensagem que ele dizia com aquela voz rouca e macia: “HOJE FAZ UM MÊS, UM LONGO MÊS SEM EU TE VER E TE SENTIR, A SAUDADE É GRANDE E CADA VEZ QUE ME LEMBRO DO SEU BEIJO ELA FICA AINDA MAIOR.” quando eu ouvi aquilo as lágrimas começaram a cair, não foram uma ou duas e sim várias, eu chorava e me debatia no chão feito uma criança que quer muito aquele brinquedo e não tem.
Tomei meu banho e resolvi ligar naquele número, eu sabia que minha voz não sairia, então quando atendeu fiquei em silêncio, aquela voz me matava por dentro e fazia pensar em tudo que eu passei na vida e ele dizia para responder e ao mesmo tempo dizia coisas lindas, e isso me deixava um pouco acima da esperança de reencontrá-lo. Eu desliguei e sentei no sofá e o único amigo que eu tinha por perto era o mesmo de sempre, o álcool.
O tempo passou rápido até, a noite caiu e veio outra vez à chuva, eu imaginava que era o choro de alguém lá em cima que estava vendo meu estado e não poderia me ajudar. É eu estava bêbada, então pensei nas pessoas que gostava e quebrei a garrafa apaguei aquele cigarro e liguei no mesmo número. Ele atendeu e eu disse para não falar nada, apenas me escutar e depois disso ele poderia fazer o que quisesse, então comecei, falei tudo que estava engasgado tudo mesmo, desde a primeira vez que o vi até aquele momento, falei coisas bonitas, mas pelo soluço do meu choro estava difícil dele entender e quando terminei desliguei. Agora estou aqui sentada no sofá outra vez com um cigarro na mão, o telefone está tocando e registrando os recados, eu não me movo posso ficar assim a noite inteira, uma hora vou adormecer e quando eu acordar vai estar tudo normal, pelo menos eu espero (yn). 




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