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"Precisamos estar sempre testando novas opiniões e atraindo novas impressões."

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Hoje nada me importa, hoje eu to pra desabafar, desabafar de saudade e de como ela dói e nada que você faça sozinha cure o quanto alguém faz falta! E dói. Não é dor física e nem psicológica, mas dói no fundo é sínica e rude não tem dó, não tem compaixão, parece que a saudade em si tem ódio de você... e talvez seja mesmo, seja ódio por você não ter feito o que devia, por não ter o tempo que devia, por ter a distância que separa.
E todo mundo sabe que eu sou saudosista, mas nesses dias em que ela dói você não sabe o que faz, não sabe como reage, não sabe como levanta se constrói por trás de sorrisos e simpatias. Desilusão, engano, mágoas tudo em uma pessoa só, um ombro só, peso pra aguentar três prédios.
A respiração começa a se tornar difícil, existir se torna pesadelo.. olha em volta e parece que as paredes vão se fechar em torno de si a qualquer momento.
Essa saudade tão presente, tão palpável, tão lancinante.. e o choro preso na garganta que eu carrego e insisto em não soltar por medo de não conseguir parar nunca mais.

Passado.

Às vezes me pego relembrando o passado. Ao ouvir uma música, ou sentir um cheiro. Tem vezes que é lendo algo, vem alguma lembrança de algo vivido há tanto tempo, que até parece que aconteceu em outra vida que não essa. Às vezes até penso se fui eu mesma quem viveu tudo aquilo, e não outra pessoa que já está morta e enterrada e agora sou só uma guardadora de suas memórias. E aí a gente percebe o quanto mudou.
Nesses momentos vem uma saudade incrível de coisas tão pequenas. Coisas simples, que na época pareciam tão comuns e frívolas, mas que hoje que não existem mais, denotam toda a importância que tinham. E aí me dou conta da velha frase que só damos valor a algo quando perdemos. E tento, em vão, olhar para as coisas simples de hoje dando o seu devido valor. Mas é difícil. É muito difícil simplesmente viver o presente. As lembranças estão sempre por perto. Sempre aparecendo de repente e dando aqueles apertinhos no peito, ou fazendo surgir um sorriso inevitável.

sábado, 16 de junho de 2012

Só de mim

"Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és... e só preciso de um minuto da tua atenção.
Quero dizer-te que espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele, poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs, ajudá-la a acordar da má disposição matinal.
Espero que saibas que ela só vai falar contigo depois de lavar os dentes. Não é por mal... é por medo de perder o encanto aos teus olhos. 
Que a consideres um ser humano comum. Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.
Que escolhe a roupa que vai vestir, na noite anterior só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar a horas.
Quero também que saibas que adora histórias do fantástico, mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não se vai esforçar para decorar à primeira os nomes de todos os teus amigos...porque ela... ela é que sabe de si.
Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.
Sabes? Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar, porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.
Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se estiver mau, vai rir-se do falhanço, em vez de corar.
E quando ela ri... eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é uma nota musical que toca ao coração e faz querer dançar.
Quero que saibas que ela é tudo o que quero e nunca soube que tive.
Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal! E que a falta dela é um vazio igual à morte.
Espero que sejas tudo o que eu nunca fui.
Espero que a trates bem, porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre.
Pudesse eu ter lido o futuro..."


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Presença

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo...Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.

 Mário Quintana

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Queria ter lhe conhecido antes, muito antes, para que nenhum de nós dois tivesse medos ou cicatrizes...
Queria ter estado com você quando seu coração descobriu
que era amor, quando seu corpo descobriu o que era desejo.

E antes que pudesse sofrer eu estaria do seu lado, amando-lhe, entregando-me e juntos poder ter aprendido as lições da vida e do coração...
Queria ter lhe conhecido muito antes, quando suas esperanças começaram a nascer, quando seus sonhos ainda eram puros e seus ideais ainda ingênuos... pena termos nos encontrado só agora, já com o coração viciado em outros amores, com uma imagem meio falsa do que é
felicidade, do que é entregar-se...
Queria ter lhe encontrado antes, muito antes.. numa nova vida, num outro tempo em que não precisássemos temer o nosso futuro, nem nossos sentimentos...
Meus erros. É estranho e é como um ciclo. As pessoas erram demais, erram comigo e talvez, eu também erre com elas mesmo sem querer… acho que errar faz parte de nós. Sim, errar faz parte de mim e se tornou algo mais importante do que qualquer acerto, porque todos eles me trouxeram uma lição. Acertar é simples, você comemora seu momento de felicidade e fala de queixo erguido que, enfim, acertou. Difícil mesmo, é ver alguém falando do próprio erro com orgulho, confesso que não falo com orgulho, mas falo… os erros não devem ser escondidos e sim entendidos para não serem cometidos de novo. Percebi que sou apaixonada por meus erros, pois todos erram, e admitir os próprios erros é uma espécie de coragem que poucos tem. Cada erro causa em mim uma parte nova, um acerto.Tem que ser assim, errar e se levantar… a cada queda, se levantar mais forte! O erro não é ruim, é uma chance.